Copom faz novo corte e taxa básica de juros cai para 2,25% ao ano. Sim, esta foi a oitava redução consecutiva. Hoje, eu trago uma notícia sobre tudo o que você precisa saber sobre esse novo corte na Selic e o que ele significa.
COPOM: Taxa Selic caiu de novo (2,25%)! E agora? O que significa e o que acontece com a poupança?
Taxa Selic caiu de novo (2,25%)! E agora? O que significa e o que acontece com a poupança?
A taxa estava no patamar de 3% ao ano desde maio, mas hoje, quarta-feira, dia 17/06/2020, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, reduziu a taxa básica de juros da economia brasileira de 3% para 2,25% ao ano. 

O corte é o menor patamar histórico para a taxa Selic desde o ano de 1999, quando entrou em vigência o regime de metas para a inflação.

A decisão do Copom foi tomada em um momento de grande redução do nível de atividade econômica mundial em razão da pandemia, o que evidentemente tem impactado nos índices de inflação.

O comitê comunicou que a situação atual exige um extraordinário estímulo monetário, mas deixou claro também que "o espaço remanescente para utilização da política monetária é incerto e deve ser pequeno”. 

Também informou que os cortes na Selic já implementados parecem compatíveis com os impactos da crise, e que “um eventual ajuste futuro no atual grau de estímulo monetário será residual”. 

O governo brasileiro já admite uma queda de 4,7% para o PIB (Produto Interno Bruto) neste ano, enquanto os economistas do mercado financeiro estimam uma queda ainda maior, de cerca de 6,5% em 2020. 

O Copom destaca que a divulgação do PIB do primeiro trimestre de 2020 confirmou a maior queda desde o ano 2015, provocado pelos impactos iniciais da crise. E, que os indicadores sugerem uma contração ainda maior para o segundo trimestre. 

Com a intensa queda da atividade econômica, os preços têm caído. Em maio, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) registrou deflação de 0,38%. Foi o segundo mês consecutivo de queda nos preços e o menor índice desde agosto de 1998. 

O mercado prevê que o IPCA ficará em 1,60% em 2020, isto é, abaixo do piso de 2,5% previsto pelo sistema de metas. 

Pela regra que está vigente, o IPCA pode variar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida, pois quando a meta não é cumprida, o BACEN tem de escrever uma carta pública explicando as razões. 

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), e para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). 

Mas você deve estar se perguntando, em que mais a Selic afeta? Então, a redução da Selic também afeta aplicações financeiras como a caderneta de poupança e os investimentos em renda fixa. 

A poupança, por exemplo, a regra atual de remuneração prevê que os seus rendimentos sejam atrelados aos juros básicos sempre que a Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano. 

Nesse cenário, a correção anual das cadernetas fica limitada a um percentual equivalente a 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, calculada pelo Banco Central. Lembrando que esta regra vale apenas para depósitos feitos a partir de maio de 2012. 

Com a Selic em 2,25% ao ano, a correção da poupança será de 70% desse valor – o equivalente a 1,575% ao ano, mais a Taxa Referencial (taxa de correção). Acredito, que a hora de investir em poupança já passou há muito tempo (Como fica? Não é mais viável), mas isso é tema para outra postagem / vídeo. 

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