Será mesmo que é possível emprestar dinheiro para grandes empresas? Fica comigo nesta postagem, pois vou explicar muita coisa legal a respeito desse tema.

Como emprestar dinheiro para grandes empresas?

Sim, é possível emprestar dinheiro para empresas como a Raízen, Pão de Açúcar, Magazine Luiza, por exemplo.

Você mesmo pode emprestar seu rico dinheiro a essas gigantes do Mercado. Mas como? Investindo em Títulos de Crédito Privado. E sabe o que é melhor? Eles irão te pagar uns bons juros para isso.

Basicamente, os Títulos de Crédito Privado são emitidos por empresas privadas para conseguir levantar mais capital para bancar seus novos empreendimentos ou então para financiar sua operação.

Os principais títulos que temos hoje no mercado, são: Debêntures, CRI e CRA, e a diferença principal e fundamental entre eles é a garantia. Me deixe então te explicar um pouquinho sobre cada um deles, para que você possa compreender melhor.


Debêntures


No caso da Debenture, imagine que uma empresa necessite de dinheiro para investir em novos empreendimentos. Vamos usar o exemplo de uma Rede de Supermercados. A Empresa está fazendo sucesso, e decidiu expandir os negócios um pouco mais e vai precisar financiar esse capital. Mas, ao invés de fazer com um Banco, a rede de Supermercados resolve tomar emprestado diretamente de você e de outras pessoas, emitindo uma debênture. Assim, a própria Empresa pode definir as condições desse empréstimo, dizendo como, quando e quanto vai pagar para você pelo valor emprestado. Entendeu?

Ah, é importante lembrar que algumas dessas debêntures são isentas de Imposto de Renda, são as chamadas Debêntures Incentivadas. Elas recebem este nome porque financiam projetos que são destinados ao desenvolvimento do País, como aqueles ligados à infraestrutura, por exemplo. E, por essa razão, o investidor Pessoa Física que compra este tipo de papel recebe o incentivo de alíquota zero no IR.

Com a Debênture devidamente explicada, agora vamos falar de CRI e CRA. Primeiramente, deixe que eu desvende essa sopa de letrinhas: CRI é a sigla para Certificado de Recebíveis Imobiliários e, CRA, Certificado de Recebíveis do Agronegócio.

CRI


Se o nome é Recebíveis Imobiliários, estamos falando de imóveis. Então vamos supor que uma Construtora acabou de lançar um condomínio com 180 apartamentos para vender ou alugar. Ela não pode esperar o retorno desse empreendimento para começar a construir novos condomínios, certo? Então ela oferece esses valores que vai receber da venda ou da locação desses apartamentos – os recebíveis - como garantia, e financia o capital para um novo empreendimento. A securitizadora é quem faz a oferta dessa dívida ao Mercado, emitindo certificados desses recebíveis pelos quais ela paga juros, como num empréstimo convencional.

CRA


Já no caso do CRA, os recebíveis são os valores originados com a venda da produção Agropecuária, como a venda de carne, ou de soja, por exemplo. E, assim, os produtores conseguem o capital necessário para a compra de insumos e de novos equipamentos. E mais um detalhe: esses certificados não possuem cobrança de Imposto de Renda.

Os CRIs e CRAs também são negociados por Oferta Pública, ou Mercado Secundário. E, assim como as Debêntures, são investimentos com liquidez mais baixa, pois financiam empreendimentos cujo retorno pode demorar alguns anos.

Então, se você precisar da grana antes da data de vencimento do título, pode ser que você não tenha um retorno tão bom quanto se esperasse até o final. Por isso, estes são investimentos indicados para quem já está com a reserva de emergência em dia.

Mas, então, se esses títulos possuem baixa liquidez e oferecem maior risco que uma LCA ou um CDB, por exemplo, por que vale pena investir neles?! Lembra do tripé dos investimentos, que muito se ouve falar? Liquidez, Risco e Rentabilidade! Então, se estes são investimentos com baixa liquidez e risco um pouco maior, isso quer dizer que possuem retornos mais interessantes e que, em alguns casos, são superiores a outros investimentos de renda fixa.

Uma dica bem importante: todos esses títulos têm o risco avaliado por agências renomadas no Mercado, geralmente internacionais, que fazem estudos sobre a probabilidade de a empresa emissora destes títulos não efetuar o pagamento no vencimento do título que ela emitiu. É o chamado Rating, uma classificação que vai de AAA até D. Quanto mais perto do AAA for o Rating dessa debênture, ou desse CRA ou CRI, quer dizer que menor é o risco de você não receber.

Gostou deste assunto? Então nos siga nas redes sociais, comente e compartilhe!